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Jô Soares, ícone da TV Brasileira, morre aos 84 anos de idade

Jô Soares, ícone da TV Brasileira, faleceu na madrugada desta sexta-feira, dia 5 de agosto, aos 84 anos.


A ex-esposa de Jô, Flavia Pedras foi a primeira a informar nas redes sociais sobre o falecimento.

Um dos maiores humoristas do Brasil, o apresentador do “Programa do Jô”, exibido pela TV Globo, estava internado desde 25 de julho no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo-SP.

JÔ SOARES E SUA HISTÓRIA


Jô Soares (1938-2022) foi um humorista, entrevistador, escritor, dramaturgo, diretor teatral e artista plástico. O lado entrevistador do humorista teve início em 1988, no programa "Jô Soares Onze e Meia", no SBT, onde permaneceu até 1999. Entre 2000 e 2016 apresentou o "Programa do Jô" na TV Globo.

Jô Soares nasceu no Rio de Janeiro, no dia 16 de janeiro de 1938. Filho do empresário paraibano Orlando Soares e da dona de casa Mercedes Leal.

Jô teve uma educação refinada, estudou no Colégio São Bento no Rio de Janeiro e até a adolescência viveu nos Estados Unidos.

Posteriormente, Jô estudou em Lousanne, Suíça, para se preparar para a carreira diplomática, desejo que não se concretizou, porque seu dom humorístico o levou para outro lado.

Carreira artística


Em 1958, Jô trabalhou na TV Rio atuando em shows de comédia e escrevendo roteiros. Em 1959 estreou no filme “O Homem do Sputnik”, dirigido por Carlos Manga, no gênero comédia.

Tornou-se roteirista do programa Câmera Um, da TV Tupi. Nesse mesmo ano estreou no teatro, como o bispo, na peça “O Auto da Compadecida”. Passou a escrever para os programas humorísticos da TV Continental e atuava no Grande Teatro da TV Tupi.

Durante a década de 60, fez parte da equipe da TV Record, onde atuou nos programas humorísticos, “A Família Trapo” (1962), “Jô Show” (1965), “Praça da Alegria” (1967), “Quadra de Azes” (1969), entre outros.

Em 1970 Jô Soares foi contratado pela Rede Globo, onde participou de diversos programas, entre eles, “Faça Humor Não Faça Guerra” (1970), “Satiricon” (1973), “O Planeta dos Homens” (1976) e “Viva o Gordo” (1981).

Nessa época representou personagens marcantes, entre eles: “Francineide”, o mordomo “Gordon”, “Irmão Carmelo”, “Norminha” e “Capitão Gay”. Criou diversos bordões, entre eles: ”tem pai que é cego”, “cala a boca, Batista”, “a ignorância da juventude é um espanto”, “vai pra casa, Padilha” etc.

No fim da década de 80, Jô Soares foi contratado pelo SBT, onde em 1988 estreou o programa “Viva o Gordo” e ganhou também o talk-show “Jô – Onze e Meia”, onde permaneceu até 1999.

Em 1990, o artista deu um tempo em sua carreira de humorista e passou a se dedicar ao teatro, à música e à literatura. Nessa época escreve o livro “O Xangô de Baker Street” (1995) e “O Homem que Matou Getúlio Vargas” (1998).

No dia 03 de abril de 2000, Jô Soares voltou para a Rede Globo, para o programa de entrevistas chamado “O Programa do Jô”, onde entrevistou diversas personalidades.

Em 2014, Jô Soares dirigiu a peça “Atreva-se”, que estreou no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo.

Vida Pessoal

Jô Soares foi casado com a atriz Teresa Austregésilo entre 1959 e 1979. Em 1964 nasceu seu único filho, Rafael Soares, que era autista e faleceu em 31 de outubro de 2014.

Entre 1980 e 1983 Jô viveu com a atriz Silvia Bandeira, doze anos mais nova que ele. Entre 1987 e 1998 viveu com a designer gráfica Flávia Junqueira.

Jô é católico e devoto de Santa Rita de Cássia.

Além do português, Jô fala outros cinco idiomas, com diferentes níveis de fluência: inglês, francês, italiano, espanhol e alemão.

No dia 4 de agosto de 2016, Jô Soares foi eleito para a Academia Paulista de Letras para a cadeira n.º 33.

Obras de Jô Soares

 
  • O Astronauta Sem Regime (1985)
  • Humor Nos Tempos de Collor (1992)
  • A Copa Que Ninguém Viu e Que Não Queremos Lembrar (1994)
  • O Xangô de Baker Street (1995)
  • O Homem Que Matou Getúlio Vargas (1998)
  • Twelve Fingers (2001)
  • Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005)
  • As Esganadas (2011)
  • O Livro de Jô: Uma Biografia Desautorizada (Matinas Suzuki e Jô, v. 1, 2017)
  • O Livro de Jô: Uma Biografia Desautorizada (Matinas Suzuki e Jô, v. 2, 2017)

Fonte de sua biografia: ebiografia.

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