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Polícia Militar Rodoviária apreende 18 pinos de cocaína em Delfim Moreira-MG

quinta-feira, outubro 09, 2025
Na noite da última terça-feira, 07 de outubro, por volta das 19h, a Polícia Militar Rodoviária, em conjunto com a Patrulha de Operações de Grupamento (POG) de Delfim Moreira e a Patrulha Rural, ambas pertencentes ao 56º Batalhão de Polícia Militar, realizou uma ação que resultou na apreensão de drogas na rodovia MG-350, km 69, em Delfim Moreira-MG.


A operação, voltada para garantir a segurança dos romeiros que peregrinam rumo ao Santuário Nacional de Aparecida, abordou um veículo com origem em Cunha (SP). Durante a fiscalização, os militares notaram atitude suspeita por parte de um passageiro de 24 anos.

Ao realizarem buscas na bagagem do indivíduo, os policiais encontraram 18 pinos de cocaína, escondidos dentro de um par de tênis, que estava em uma mochila no porta-malas do carro.

O condutor foi detido, conduzido ao hospital para exames de rotina e, posteriormente, encaminhado à Delegacia de Polícia (Depol) para as providências cabíveis.

A ação demonstra o comprometimento da Polícia Militar de Minas Gerais com a segurança dos cidadãos e o combate ao tráfico ilícito de drogas, especialmente durante o período de grande movimentação de fiéis nas estradas mineiras.

Bingo Beneficente será realizado neste domingo em apoio às famílias do Residencial Popular Dona Vivica em Piranguinho-MG

quarta-feira, outubro 01, 2025
Neste domingo, dia 5 de outubro, será realizado um Bingo Beneficente em apoio às famílias do Residencial Popular Dona Vivica, localizado no bairro Sossego. O evento acontecerá no Recanto do Ricardo, a partir das 14h, e promete reunir a comunidade em um momento de lazer, solidariedade e confraternização.


Com a proposta de arrecadar recursos para auxiliar as famílias beneficiadas pelo projeto habitacional, o bingo contará com 10 rodadas, oferecendo diversos prêmios. Os bloquinhos já estão à venda por R$ 20,00 e podem ser adquiridos antecipadamente com os moradores envolvidos na ação, além de estarem disponíveis no local do evento.

A organização reforça o convite para que toda a comunidade participe, levando familiares e amigos. “Será um dia de diversão e solidariedade, onde cada contribuição faz a diferença para quem mais precisa”, destacam os organizadores.

Politicando: Quando o Microfone Desliga, Mas a Peça Continua

quarta-feira, outubro 01, 2025

Em Piranguinho, como no Brasil, a política parece uma peça de teatro interminável. O microfone pode até ser desligado, mas a orquestra segue tocando: nos corredores, no cafezinho, no estacionamento e até nos grupos de WhatsApp.

As sessões da Câmara são o ato principal, com discursos tão ensaiados e cheios de autoelogios que lembram propaganda de rádio dos anos 80: exagerados, melosos e totalmente fora da realidade. O público assiste calado, como quem revê uma novela repetida — já conhece a trama, mas continua no sofá, talvez por falta de opção.

Enquanto isso, os temas que realmente importam ficam relegados ao fundo do palco: saúde que demora a responder, cemitério abandonado e ainda taxado, taxas que entram em cena na hora certa como atores disciplinados. Já o preconceito, esse surge sem script, escorrendo em gestos e falas. Quem não pertence ao “círculo certo” sente na pele o peso do figurino.

E se a democracia tem três poderes oficiais — Executivo, Legislativo e Judiciário —, na prática o espetáculo vira uma coreografia de empurra-empurra. O Executivo manda, o Legislativo aplaude, e o Judiciário observa, ora cego, ora míope. Fora do script, existe ainda o “quarto poder”: a árvore genealógica. Primos, cunhados e amigos ocupam cargos como se o sangue fosse currículo e a amizade, qualificação.

O povo? Paga o ingresso com impostos e aguarda na plateia. Entre uma promessa e outra, recebe migalhas: um buraco tapado, uma praça pintada, uma placa anunciando obra. São os truques para manter a audiência sentada — e, de preferência, calada.

Ainda assim, há pequenos méritos: iluminação em bairros, ruas asfaltadas, projetos sociais que resistem contra todas as probabilidades. Mas como em qualquer encenação, o cenário bonito não garante um bom roteiro. O pão é escasso, o circo é certo, e o povo segue figurante da própria história.

Nas redes sociais, o teatro continua em versão paralela: memes, áudios e textões substituem discursos oficiais. Sempre há quem diga que “sabe de tudo”, quem “tem provas”, quem “vai denunciar”. As vozes ecoam, mas raramente são ouvidas nos lugares certos.

No fim, sobra a ironia: em terras onde o microfone nunca desliga de verdade, o silêncio que pesa é justamente o daquilo que não se fala — mas todo mundo vê. A plateia, mesmo sabendo que a peça é ruim, continua assistindo. Por hábito, ou por falta de alternativa.

E é nesse clima que nos aproximamos de mais um grande ato: as eleições. Em breve, não serão apenas os vereadores e prefeitos em cena, mas também deputados, senadores, governadores e o presidente. O roteiro nacional começa a ser escrito agora, voto a voto.

Por isso, cabe ao povo deixar de ser figurante e assumir o papel de protagonista. É hora de observar cada gesto, cada promessa e cada silêncio. Porque a peça só continua do mesmo jeito se a plateia aplaudir no final.

E, no meio desse espetáculo, há um detalhe que não pode passar despercebido: muitas vezes, quem vem de fora recebe mais valor do que os próprios munícipes. Como se a palavra de alguém distante tivesse mais peso do que a voz de quem vive, paga e sofre a realidade da cidade todos os dias. Esse talvez seja o maior retrato da nossa política: a inversão de papéis em que o povo local, que deveria ser protagonista, segue tratado como mero coadjuvante.

- Nica Montanha
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