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Retrospectiva Política 2025 – Versão “Se aconteceu, eu não posso afirmar… mas que parece, parece.”

Imagem meramente ilustrativa

Senhoras e senhores, chega aquele momento inevitável do ano em que olhamos para trás e pensamos: Meu Deus… tudo isso coube em apenas 12 meses? Pois coube. E coube com sobra — lugar onde a política insiste em ser o esporte mais radical já inventado.

Tá tendo um verdadeiro troca-troca em várias áreas da administração. Troca-se gente, troca-se função, troca-se discurso — só não se troca o resultado. O povo observa, anota mentalmente e segue pagando a conta.

Comecemos pelo clássico moderno: as moções. Sim, elas mesmas. Aquela honraria que um dia já foi símbolo de reconhecimento, mérito e relevância. Hoje? Ah… hoje temos moção para tudo. Falta pouco para virar lembrancinha de evento:
“Obrigada pela presença, na saída retire sua moção.”
Em tempos atuais, o papel já vale pouco — mas a facilidade com que é distribuído vale menos ainda.

E a saúde, sempre ela, sempre pedindo socorro. O coração do município, pelo visto, segue em arritmia. Promessas feitas, promessas esquecidas. Profissionais sobrecarregados até o limite, enquanto outros parecem bem ocupados em confraternizações particulares. Existe a turma que carrega o piano… e a turma do caneco.
Pacientes esperando soluções que se perdem em algum labirinto administrativo, e o famoso “vai ser resolvido” — que nunca vem acompanhado de data.

A própria equipe do Jornal O Aperitivo viveu isso na pele: dois anos sem qualquer visita após a perda de um ente querido. Agora, quase por milagre, surge uma aparição repentina de agentes — curiosamente sem a médica responsável, cuja ausência, aliás, já virou tradição. Requerimento enviado... respostas? Sim, no entanto não cumprida.
Fica a dúvida: falha de comunicação, falha de gestão ou falha de interesse? Mistério digno de série investigativa.

Enquanto isso, nas redes sociais, não falta foto bonita falando em combate à dengue. Planejamento, fumacê, ação concreta? Aparentemente, isso fica para outro post — quando o mosquito permitir.

No meio do caminho, surgem fatos curiosos: seringas e medicamentos descartados em matagal. Ninguém viu, ninguém sabe, ninguém tomou providência. Estranho… o povo quer saber. Mas o silêncio, novamente, foi a opção escolhida.

Tivemos também os apagões do ano — momentos em que até a energia elétrica decidiu tirar férias. Pessoas no prejuízo: eletrônicos queimados, comida perdida, material danificado. Natal o ano todo para alguns; prejuízo constante para o povo.

Sem falar no incêndio em certo lugar. Vídeos circularam, cenas chamaram atenção. Não vamos brincar de peritos, claro, mas “estranho” é um adjetivo que cabe com folga.

O caminhão do lixo virou personagem fixo da crônica municipal: horários imprevisíveis, substituto improvisado. Os trabalhadores ficam como? Pois fazem o possível dentro do impossível. Mas a gestão… essa segue em modo soneca.

As ruas seguem um roteiro conhecido: são arrumadas hoje para estarem esburacadas amanhã. Fica a dúvida — não sabem arrumar ou não sabem lidar com a situação?

E convém um alerta: quem reclama corre sério risco de ser perseguido, ameaçado ou “convidado” ao silêncio. A cidade vive um clima estranho — todos veem, poucos falam. Quem fala, paga o preço.

Os cargos públicos, em sua maioria, parecem seguir um critério muito específico: proximidade. Experiência, às vezes, é detalhe. Afinidade, amizade e coleguismo pesam mais que currículo. Quem não pertence à famosa panelinha dificilmente permanece — ainda que trabalhe.

E como se não bastasse, surge a ideia brilhante de alguns quererem “organizar” uma festa de Natal. Curioso, já que o evento é realizado há anos pelo comércio local, comunidade e Polícia Militar. Fica a pergunta elegante: espírito natalino genuíno ou tentativa de pegar carona em evento alheio para promover a prefeitura?
A parada natalina do comércio monitorado é clara: pertence ao comércio, à comunidade e à PM. Se quiserem fazer algo para o povo, façam. Mas copiar, se apropriar ou passar a perna… isso já virou prática conhecida demais para passar despercebida.

E, claro, não poderia faltar a personagem surpresa do ano. Teve ocorrência policial, teve bebida, teve confusão, teve justificativa ... Sempre no mesmo roteiro da política interiorana: começa barulhento, vira fofoca e termina piada. O ciclo democrático segue firme.

No fim das contas, a retrospectiva é clara: 2025 foi um ano cheio.
Cheio de desafios, deslizes, silêncios administrativos, “isso não procede”, “iremos averiguar” e coincidências que, curiosamente, se repetem todos os anos.

E 2026? Ah… esse promete.
Porque, se tem algo que podemos afirmar sem medo, é que na nossa política tudo pode acontecer — inclusive exatamente aquilo que todo mundo já sabe que vai acontecer.

Quem sabe ler, um pingo é letra.

Paula Schimith
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