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Resgate de Trinca-Ferros pela Polícia Militar de Meio Ambiente seguido de soltura de animais silvestres em Delfim Moreira-MG

Nesta sexta-feira, dia 28 de julho, no bairro Mogiano, município de Delfim Moreira, uma denúncia envolvendo armas levou a Polícia Militar de Meio Ambiente a uma inesperada descoberta.

Imagens: Polícia Militar de Meio Ambiente

Após uma abordagem ao denunciado, que permitiu a entrada em sua residência, não foram encontradas armas, porém, o que chamou a atenção foi a presença de nove gaiolas de forma irregular, contendo Trinca-Ferros verdadeiros (Saltator similis), aves nativas da fauna silvestre brasileira mantidas em cativeiro sem a devida licença da autoridade competente.

O caso, caracterizado como um crime ambiental, se enquadra no Artigo 29 da Lei 9605/98, que proíbe a manutenção de espécimes da fauna silvestre em cativeiro sem autorização. Diante da situação irregular, as autoridades realizaram a apreensão dos Trinca-Ferros, constatando que um deles apresentava sinais de ter sido capturado recentemente e estava demonstrando comportamento selvagem.

Em ação conjunta, os responsáveis pela apreensão, juntamente com um Médico Veterinário, avaliaram a condição das aves. O profissional atestou que as aves estavam aptas a serem soltas na natureza, considerando critérios como a ausência de lesões físicas ou comportamentais que pudessem prejudicar sua sobrevivência em vida livre, além da inexistência de sinais de enfermidades.

Após os procedimentos de avaliação, os nove Trinca-Ferros foram libertados na região do bairro Mogiano, em Delfim Moreira, seguindo um cuidadoso Termo de Soltura de Animais Silvestres, que visava garantir a sua reintegração ao ambiente natural.

Vídeo: Polícia Militar de Meio Ambiente

O denunciado, que alegou não possuir autorização do órgão ambiental e nem cadastro de criador amadorista para manter os pássaros em cativeiro, recebeu um auto de infração no valor de R$ 18.838 (dezoito mil oitocentos e trinta e oito) como consequência da prática irregular.

As gaiolas utilizadas para manter os Trinca-Ferros em cativeiro foram apreendidas e destruídas logo após a soltura das aves, a fim de evitar a reincidência da atividade ilegal.

O trabalho realizado pelas autoridades e pelo veterinário destaca a importância da proteção da fauna silvestre brasileira e a necessidade de conscientização sobre as consequências legais e ambientais da manutenção irregular de animais em cativeiro. A ação demonstra o empenho das autoridades em combater o tráfico e a captura ilegal de aves nativas, visando preservar a rica biodiversidade brasileira para as futuras gerações.



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